• Madeira Music Festival

Nota Histórica

The first edition of the "Madeira Music Festival"

A primeira versão do “Festival de Música da Madeira” teve lugar nos meses de março/abril, em finais dos anos 50 do Séc. XX, concebido e dinamizado pela Sociedade de Concertos da Madeira, através da Academia de Música e Belas Artes da Madeira, mais precisamente no ano de 1959 até 1965, realizados no Teatro Municipal (na altura era designado por Teatro Funchalense e atualmente “Teatro Municipal Baltazar Dias”), Casino Pavão (localizado no sítio onde está edificado o Pestana Casino Park Hotel) e na Sé do Funchal. Após um interregno de seis anos, o Festival de Música da Madeira reapareceu em março de 1971, na sua V Edição, desta feita com a colaboração da Junta Geral do Distrito, da Câmara Municipal do Funchal e do Goethe Institut (uma entidade que tem por objetivo a divulgação da língua e cultura alemãs).  Esta edição do Festival mereceu o seguinte comentário na imprensa regional: "Merece ser especialmente saudado o reaparecimento dos Festivais de Música da Madeira que, numa iniciativa da Sociedade de Concertos da Madeira, haviam dado à cidade, há alguns anos, quatro magníficas edições". No ano de 1974, decorrente das incertezas e da instabilidade resultante da Revolução de 25 abril, a Sociedade de Concertos da Madeira suspendeu todas as suas atividades pelo facto da Academia de Música e Belas Artes ter sido impossibilitada de prosseguir a sua atividade.

No início dos anos 80 do Séc. XX surge no mês de junho o “Festival Bach”, por vezes designado como “Festival Bach da Madeira”, e organizado, internacionalmente, por um grupo de pessoas de origem judaica e de proveniência americana. Este Festival foi realizado inicialmente nos mesmos espaços (Teatro Municipal, Sé do Funchal e no auditório do Casino Park Hotel) e, posteriormente, foram incluídos a Igreja Inglesa, a Igreja São João Evangelista do Colégio e a Igreja de São Pedro. Num dos artigos no The New York Times fez também menção ao preço dos ingressos: de US$ 566 a US$ 1.990, que incluía viagem aérea, bilhetes de acesso aos concertos e alojamento para 7 a 13 noites.  Em 1986, o “Festival Bach da Madeira”, foi cancelado depois de ter chegado ao 300º aniversário de Bach no ano de 1985. “Seus fundadores informaram que faltou apoio local”.»

Na sequência da impossibilidade da realização do “Festival Bach da Madeira”, o Governo Regional da Madeira através da Secretaria Regional de Turismo e Cultura/Direção Regional dos Assuntos Culturais, tomou a iniciativa de dar continuidade a este Festival, com a denominação de “Festival de Música da Madeira”, realizado até à XXXVI Edição, que decorreu de 5 a 14 de junho de 2015 e que desde 2002 esteve integrado no Festival do Atlântico. 

De destacar que o “Festival de Música da Madeira” contou com os apoios do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional através dos Programas Operacionais da Madeira desde o de 1990-1993 até 2007-2013, tal como outros eventos de promoção turística da Região, nomeadamente a Festa do Vinho Madeira, Festa do Fim do Ano, Carnaval e, ainda, a Festa da Flor.

Este Festival de Música esteve vocacionado para a diversificação da oferta, visando proporcionar a madeirenses e turistas música variada, entre a antiga e a contemporânea. O festival era realizado no mês de junho e era composto por 10 concertos. Foram grandes nomes, orquestras e companhias de bailado que passaram pelo Festival.

Na sequência das novas orientações da Comissão Europeia em deixar de financiar este tipo de projetos culturais e de promoção turística a partir do novo período de financiamento 2014-2020, o Governo Regional deixou de promover este Festival em 2015, ano em que realizou a XXXVI Edição.

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Reativação do “Festival de Música da Madeira”

Reativação do “Festival de Música da Madeira”

Com um historial de excelência, que remonta a 1959, o Festival de Música da Madeira, que teve a sua última edição (XXXVI) em 2015, dinamizado até esse ano pela então Direção Regional dos Assuntos Culturais/SRTC, será reavivado em 2024 pela Orquestra Clássica da Madeira, sob a direção artística do violinista Norberto Gomes.
Este Festival contará com a chancela da Secretaria Regional de Turismo e Cultura, por ter sido esta a entidade governamental responsável pela dinamização deste Festival durante cerca de trinta anos, e por esse motivo a Associação Notas e Sinfonias Atlânticas, na qualidade de gestora da Orquestra Clássica da Madeira, propôs a sua reativação, proposta esta que mereceu a concordância imediata do Senhor Secretário Regional, tendo sido disponibilizado o uso do nome, da marca e a continuidade da numeração.

Este Festival terá lugar no mês de março, tal como aconteceu com a Primeira Versão do Festival, que em 1959 foi concebido e dinamizado pela Sociedade de Concertos da Madeira, através da Academia de Música e Belas Artes da Madeira. 

A ideia da reativação do “Festival de Música da Madeira” está relacionada com a importância da partilha da paixão pela música, aliada à promoção do património edificado e móvel, num ambiente inspirador para os músicos e público.

A realização deste Festival se reveste para a Orquestra Clássica da Madeira de um relevante significado, pois a sua retoma irá abrir novos horizontes, já que, num Festival vemos sempre a possibilidade de agregar vários vetores que são essenciais.

Durante dez dias, e de uma forma concentrada, teremos no mês de março:

  •   a apresentação de grandes artistas com carreiras internacionais, assim como destacados artistas nacionais dando palco também a intérpretes que se evidenciam em início de carreira;
  •   a interpretação de obras de todos os tempos e do nosso tempo assim como de obras em estreia serão uma constante no nosso Festival;
  •  a ligação de obras maiores da composição musical, a valorização do património edificado e a conjugação pontual dos bens culturais móveis será uma proposta a ser desenvolvida;
  •   e, ainda, será também valorada a vertente pedagógica do Festival, com uma cooperação estreita com o Conservatório - Escola das Artes da Madeira, pelo que será esperado a participação de jovens nos concertos, nas 11 masterclasses e nas conferências (uma conferência estará associada a 4 masterclasses), pois tratam-se de oportunidades únicas que muito contribuirão para a formação dos mais novos.
OCM - Orquestra Clássica da Madeira

Acreditamos que a reativação do “Festival de Música da Madeira” como forma de arte, será bem-sucedida, pois este será mais um mecanismo de promoção da imagem do destino Madeira/Portugal, trazendo valor acrescentado do ponto de vista da experiência do destino, contribuindo para a valorização do património cultural e para o desenvolvimento social, que, além do impacto económico que lhe está subjacente, terá igualmente um impacto muito importante na formação do Público e dos mais jovens.

Quanto ao apoio para a realização deste Festival, a ANSA conta com um leque de distintos patrocinadores e parceiros públicos e privados, identificados na imagem desta página.

É, pois, com elevação e sentido de responsabilidade que assumimos este projeto, que se quer eclético e abrangente a várias áreas artísticas, dando continuidade a este Festival como um dos principais Festivais de Música do País.

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